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Ilustração: Caravana para Loulan

“Caravana para Loulan”, minha illustração particiante do Global Game Art Contest 2019

Eu gosto de concursos de arte! Não são necessariamente uma forma exata e justa de avaliar artistas – não acredito que isso exista – mas são ótimas ocasiões para:

  1. Estudar de forma intensa e direcionada. São, de certa forma, projetos e provas que escolho fazer. Ajudam a focar em objetivos de aprendizagem claros.
  2. Compensar a falta de educação formal em arte no currículo. Enquanto não tenho uma vasta lista de clientes grandes, meu currículo como ilustrador depende fortemente do meu portfólio e de conquistas paralelas como as obtidas em concursos.

Por esse motivo, quando eu ouvi falar do Global Game Art Contest, decidi que era hora de tentar. Organizado por empresas asiáticas, o nível técnico dos participantes é em média bem alto.

Existe a opção de participar como estudante e não competir com profissionais experientes do mercado. Mas não estudo em lugar algum no momento.

Ou seja, participar do GGAC significaria no mínimo tentar vencer artistas chineses habilidosos e experientes: Impossível.

Perfeito!

Não, eu não me acho pronto para tentar algo assim. Mas essa é a questão: eu acredito fortemente que você só se torna realmente capaz de atingir um objetivo… quando o atinge.

Enquanto isso não acontece, você realmente não estará pronta(o) e continuará assim. Nada vai mudar essa situação, só o ato de “conseguir”. E para conseguir é necessário tentar.

E na verdade “conseguir” nem é meu grande foco nesta primeira tentativa. Mas sim aprender. Parar e pensar no que preciso fazer para chegar minimamente mais perto do nível dessas pessoas e agir com base nisso.

E foi o que eu fiz.

Embarcando no Desafio

O tema deste ano foi o reino perdido de Loulan. Uma cidade próspera fundada em 200 a.C., na entrada da Rota da Seda na China, mas que sumiu repentinamente do mapa em meados do século III.

Apesar de descobertas arqueológicas importante no começo do século passado, ainda pouco se sabe sobre a cidade. O GGAC 2019 convida artistas a criar cenários, personagens e/ou ilustrações que explorem esse mistério. Seja buscando a máxima acuidade histórica ou trilhando os caminhos da fantasia e ficção científica.

Após diversas pesquisas, esta foi a história que criei pra ter como base para a ilustração:

O Reino de Loulan encontrou um tipo especial de areia que se dissolve no ar e pode ser usada para gerar energia. Sua tecnologia avançou rapidamente e caravanas de todo o mundo vinham visitar a cidade mágica.

Acreditando que a areia especial era infinita, o povo de Loulan começou a usá-la de forma descontrolada. Em determinado momento, chegaram a levitar toda a cidade usando o poder.

Algumas pessoas dizem que a substância mágica eventualmente foi esgotada e Loulan caiu e desmoronou. Outros dizem que seus estudiosos encontraram uma forma de criar a areia mágica a partir de grãos normais e a cidade flutuou até as estrelas. Talvez nunca saibamos…

Eu comecei a pintura poucas semanas antes do fim do prazo para envio. Na maior parte do tempo eu estava estudando. O Artstation Learning surgiu no meio desse período e com certeza fez muita diferença.

Drafts
Alguns thumbnails antes de escolher a composição final.
Algumas etapas da pintura.

Preciso da sua ajuda!

Uma característica do GGAC é que apenas 40% dos envios passam para a etapa de avaliação dos jurados. Não faço questão de vencer, mas queria muito ao menos ter meu trabalho revisado por eles.

A organização decide quem avança com base na popularidade dos trabalhos, que medem através de visitas, votos, curtidas, comentários e outras interações na página da arte no site da competição: https://www.ggac.net/work/detail/10758

Só de visitar o link acima você já aumenta a “popularidade” da minha pintura e ajuda um pouco. Mas as outras interações contam muito mais! O problema é que o site é meio complicado, mas fiz abaixo um pequeno manual de como proceder:

  1. Acesse a página de cadastro, informe o celular com código de área – sem 0 no começo e sem parênteses ou espaços – e clique em “Obtain the Code” no campo de “Verification Code”.
  2. Deve chegar um SMS com um código, preencha o campo com esse código.
  3. Defina uma senha e clique em “Register.”
  4. Caso o login não seja efetuado, tente logar na página de login (a opção de Mobile Sign-in costuma funcionar melhor).
  5. (Opcional) Mude o idioma do site para inglês descendo até o rodapé e clicando em “English”.
  6. Acesse a página da minha ilustração e curta, vote, etc.

A “filtragem final” acontecerá no dia 15 de outubro. Até lá conto com o seu apoio e desde já agradeço imensamente!

Para quem quiser acompanhar a minha colocação na minha categoria (Ilustração, modalidade Profissional), só acessar aqui!

Entrevista para a Iron GM Games

Recentemente eu tive a oportunidade de prestar serviços à Iron GM Games criando pinturas para o projeto mais recente deles, o Grimmerspace. Uma ambientação e conjunto de aventuras de ficção científica e terror compatível com o RPG Starfinder.

Foi uma experiência incrível para todos os envolvidos! Ficaram tão empolgados que quiseram me entrevistar logo em seguida, para mais pessoas conhecerem meu trabalho. E você pode conferir a conversa logo abaixo, traduzida livremente daqui. E em seguida há outro pequeno trecho traduzido de uma nova postagem que fizeram, a respeito do segundo poster que produzi para eles.

Artista em Foco: Victor Maristane

A Iron GM Games queria pegar um poster que aparece na parede de um dos ambientes da aventura  Abattoir 8 e criá-lo no mundo real, para que os apoiadores pudessem pendurá-lo em suas paredes também. Nós sabíamos que teríamos que fazer uma busca ampla e distante para encontrar um tipo muito especial de talento.

Nosso Diretor de Arte, Rone Barton, tinha em mente um poster no estilo dos anos 1940, com elementos Sci-Fi. E ele encontrou o talentoso artista capaz de cumprir e ultrapassar isso em Victor Maristane.

Contemple o resultado brilhante! 

A Entrevista

Victor, é sempre difícil colocar coisas grandes em caixas pequenas, mas conte-nos um pouco sobre você.

Coisa grande?! Eu sei que ganhei alguns quilos ultimamente mas isso foi ofensivo! Foi mal… Não consigo deixar passar a chance de fazer piadas sem graça.

Eu estou focado em ilustração agora, trabalhando em uma empresa local de jogos (depois de 7 anos estudando e trabalhando com TI e meio que querendo morrer e depois quase morrendo de fato durante a mudança de carreira). Mas mesmo antes dessa mudança eu fiz várias coisas artísticas ao longo dos anos. Incluindo um projeto que se tornou meio viral em 2015, meu premiado webgame Escola ou Prisão.

Código, pincéis, tijolos… Deixe-me perto de uma coisa por tempo o suficiente e tentarei fazer arte a partir dela.

Eu sou do Brasil e acredito que isso tem alguma influência no meu gosto por ironia e sarcasmo. É um dos lugares mais violentos do planeta mas também tem o maior e mais alegre Carnaval. E a desigualdade social é brutal por aqui. É ironia e contraste por toda a parte. E esse é o tipo de coisa que gosto de explorar nos meus trabalhos. O contrate do retrofuturismo, a ironia de alegres pôsteres vintage com mensagens ou implicações sombrias e coisas do tipo.

A arte de Grimmerspace sempre foi pensada para se aglutinar em uma estética reconhecível. Você acredita que Grimmerspace desenvolveu seu próprio “visual” e, em caso positivo, como você o descreveria?

Eu acredito que está chegando a um visual bastante único, sim! Claro que muito dele ainda está evoluindo e maturando, mas definitivamente eu gosto de para onde as coisas estão indo. Algumas partes me lembram os jogos da série Oddworld, pelos aspectos de “capitalismo industrial alienígena”, e também o humor e leve escatologia. Mas indo por uma estética mais humana/humanoide. E os toques de retrofuturismo me remontam aos primeiros jogos de Fallout, que adoro. 

E há o tema central de “magia + ficção científica + terror” que soa bastante único por si só e me traz um ar meio Duna (tanto a de Lynch quanto a que Jodorowski nunca concluiu). Mas sem tentar preguiçosamente imitar os trabalhos de H. R. Giger, como se tornou tão comum em “terror de ficção científica” ultimamente. Então temos a abordagem mais livre e menos entediantemente “científica” do sci-fi dos anos 80, com as combinações estéticas ímpares dos grandes jogos dos anos 90. Tudo embrulhado em visuais contemporâneos no estado da arte. Parece bem revolucionário para mim.

Criar para o Grimmerspace expandiu o escopo da sua obra ou imaginação de algum modo, ou você frequentemente sonha acordado em lugares mais sombrios?

Eu de fato sonho acordado em lugares sombrios constantemente, mas Grimmerspace realmente me levou a outros níveis. Todas essas combinações malucas de conceitos são simplesmente incríveis e abrem muito a mente! E sobre minha obra, eu fiquei inclusive bastante grato pela experiência porque nunca fui contratado antes para fazer este tipo de trabalho em específico, embora eu ame. Eu fiz algumas peças um pouco nessa linha – por diversão, nunca pago – ao longo dos anos, com esperanças bem distantes de que alguém algum dia se interessaria nisso em vez de elfos e orcs super renderizados e coisas do tipo. Mas atingiu o alvo para o que Rone e Lou estavam querendo e todo mundo ficou feliz com isso.

O que mais lhe empolgou sobre trabalhar neste projeto? 

A oportunidade de dar o meu melhor em uma estética que adoro e pratico mas nunca tive antes uma chance real de explorar mais a fundo. E agora é “Nós amamos, por favor nos dê mais!” Isso é extremamente gratificante. Eu sinto como se tivesse sido finalmente encontrado, sabe? Como se eu fosse feito para isto e chegou a hora de apenas partir pro abraço e dar o meu melhor. E também foi um prazer enorme trabalhar com Rone e Lou, realmente pessoas ótimas de se interagir. E ser parte de algo tão grande e relevante é simplesmente incrível!

Quais são os seus aspectos favoritos do poster que você criou para o Grimmerspace? 

Eu gosto de como eu consegui colocar tudo que Rone e Lou pediram para incluir nele, sem ficar uma grande bagunça. Eu confesso que entrei em pânico no começo, mas em seguida o desafio me empolgou e eu avancei com tudo, pesquisando, estudando e pedindo feedbacks sempre que necessário. As coisas acabaram ficando bem harmônicas, para falar a verdade. Das cores à composição, simplesmente é uma boa sensação para meus olhos. E acredito que é a cena mais complexa que já pintei. E foi uma sensação incrível ultrapassar essas barreiras e atingir novas alturas com o meu trabalho.

Nós veremos mais das suas obras-primas contribuírem para o Grimmerspace no futuro?

Eu pensei em criar suspense para esta pergunta mas não consigo segurar. A resposta é um enorme SIM! Este foi apenas o começo de uma grande parceria! Preparem-se para muito mais!

Quer ver mais do trabalho de Victor?

Site:  https://www.maristane.com/ 

Instagram: Instagram.com/victormaristane

Um Novo Pôster

Tradução livre de: https://www.kickstarter.com/projects/agrestasaurus/grimmerspace/posts/2540571

Vários de vocês ficaram tão impressionados quanto nós ficamos com o pôster retrofuturista de Victor Maristane. Representa um cartaz que está nas paredes na aventura no Abattoir 8 e nos permitiu demonstrar o estilo de arte específico da Attien Combine, que diverge da arte do Grimmerspace em geral. Foi criativamente libertador.

A questão é que há um segundo pôster descrito como fixado nas paredes desse mesmo abatedouro orbital. Nós realmente queríamos que Victor o criasse, mas não tínhamos nenhum jeito fácil de adicionar como mais uma recompensa para uma meta estendida…

Então decidimos simplesmente comprá-lo como extra. 

Como agradecimento, estamos adicionando este pôster aos níveis de apoio “All-In” e superiores. Também estará disponível como um acréscimo no gerenciador de apoios após o fim da campanha no Kickstarter.

Este novo pôster foi projetado para ficar bonito ao lado do outro poster, com a operária de frente para o monstrinho na parede da sua sala de jogo.

A poesia em radiografia do Sentença de Sorte

Em fevereiro de 2015 eu estava passando por um momento complicado emocionalmente. Quase sempre nessas situações me recupero ao me voltar à arte, em especial a poesia. 

Inspirado por iniciativas como o Eu Me Chamo Antônio e o Pó de Lua e abraçando meu lado ilustrador, decidi experimentar um pouco com micropoemas e poemas visuais. Eu guardava muitas tranqueiras “para fazer arte algum dia”, dentre elas algumas radiografias. Não sei bem o que causou o estalo, mas em algum momento decidi usá-las como tela.

Assim surgiu o Sentença de Sorte

Resultados

Em 7 meses de atividade, produzi 22 artes e expus em eventos como o Abril pro Livro, o IV Controverso Urbano, Ciranda Literária e no evento de 1 ano do Dajaneladomeuonibus. Vendi algumas também, especialmente versões pequenas que eu fazia na hora em eventos. E mencionei o projeto na entrevista que dei para a TV PE em 2016 sobre diversas iniciativas minhas na época. Inclusive deixei uma das radiografias “no balaio” que dá nome ao programa:

Sorte Sentenciada

Desde setembro de 2015 a iniciativa está quase completamente parada e não tenho planos de retomá-la. Mas tenho planos de… ressignificá-la algum dia. Talvez incluir em um livro maior com meus poemas.  Além de colocar as restantes que fiz para vender em algum lugar.

Nesse meio tempo, fica aqui um registro das 22 artes feitas para o projeto. Também podem ser vistas no meu site, onde há algumas fotos adicionais.

MerMay 2018 – Temas Oficiais em Português

Minha sereia para o tema do dia 11, “Rebelde”. Veja no instagram.

No mês de maio existe um desafio informal chamado “MerMay”, onde ilustradores desenham sereias (“mermaids”) durante o mês de maio (“may”). Há uma lista de “temas oficiais“, várias listas alternativas e a grande verdade é que ninguém precisa seguir lista nenhuma, mas optei por seguir a oficial #virginiano. Estou postando desenhos desde o dia 1 na minha página Vic Maristane e também no meu instagram! Confiram!

E para ajudar os amiguinhos que estão com dúvidas sobre alguns dos termos da lista oficial em inglês, decidi colocar aqui a tradução de cada tema. Alguns termos possuem vários significados, vou incluir os principais.

1 – Snooty = Esnobe, metido(a).

2 – Precocious = Precoce

3 – Racy = Atrevido(a), enérgico, vigoroso

4 – Star Wars Day = Dia Star Wars

5 – Fluid = Fluido

6 – Rocked = Abalado(a), balançado{a), embalado(a)

7 – Pirate = Pirata

8 – Masculine = Masculino

9 – Wanderer = Andarilho(a)

10 – Sweetheart = Querido(a), amor, amado(a)

11 – Rebel = Rebelde

12 – Strange = Estranho

13 – Golden = Dourado

14 – Threaten = Ameaçar

15 – Behemoth = Beemote (monstro gigante)

16 – Urgent = Urgente

17 – Propose = Propor (em geral usado para casamento)

18 – Rockstar = Astro do rock

19 – Feels = Sente/Sentimentos

20 – Foreigner = Estrangeiro(a)

21 – Weekend = Fim de Semana

22 – Sweet = Doce

23 – Pet = Bicho de estimação

24 – Approach = Aproximar-se, abordar, abordagem

25 – Competition = Competição

26 – Frustration = Frustração

27 – Western = Ocidental; Relativo ao Velho Oeste

28 – Lonely = Solitário(a)

29 – Daddy = Papai

30 – Captured = Capturado(a)

31 – You as a Mermaid = Você como sereia/tritão

 

Espero ter ajudado! Se estiver participando do MerMay, deixe aqui nos comentários sua página ou perfil com os desenhos!

 

Como Fazer “Cinemagraphs” no Photoshop

Oi, pessoal, tudo bem?

Desde que publiquei o post anterior tenho recebido várias dúvidas sobre como fazer cinemagraphs usando o Photoshop. Então achei uma boa idéia sanar (quase) todas de uma vez e fazer um tutorial específico para ele :).

Usei o Photoshop CS4 em inglês para produzir este tutorial, com um vídeo cedido pela visitante Sheslla, que puxou bastante minha orelha para ajudá-la com cinemagraphs :P. Obrigado, Sheslla! E parabéns pelo belo vídeo :D, que pode ser visto abaixo:

Cliquem nas imagens caso queiram ampliá-las.

1 – Importando o vídeo para o Photoshop.

Vá ao menu File > Import > Video Frames to Layers.

Selecione o arquivo de vídeo desejado. Em seguida surgirá uma janela para que você determine um intervalo de frames (quadros) do vídeo que serão importados como layers (camadas) dentro do programa. Configure o “pedaço” do vídeo que deseja, marque a opção Make Frame Animation e confirme.

Caso o painel Animation não esteja visível no seu programa, vá ao menu Window e marque a opção Animation. Nesse painel, as layers aparecem como frames. O número abaixo da miniatura de cada quadro é a duração (em segundos) do quadro na animação.

2. Alinhando os quadros.

Os desafios encontrados durante a produção de um cinemagraph dependem do que se deseja fazer, e do material que se tem disponível. No caso do que estamos fazendo, um dos problemas encontrados foi o movimento da câmera durante a gravação do vídeo.

Uma solução para isso é ir no menu Edit > Auto-Align Layers. Uma nova janela se abrirá, com as opções do comando. No nosso caso só precisamos reposicionar as camadas de modo a alinhá-las, por isso foi selecionada  a opção Reposition, e confirmada a operação.

Dependendo das dimensões e da quantidade de camadas, pode levar um bom tempo até a conclusão do alinhamento. Vá tomar um cafezinho :P.

Após esse processo, muito provavelmente será necessário cortar alguns excessos da área da imagem. Isso pode ser feito com a ferramenta Crop (C). Simplesmente selecione a área que deseja manter e pressione a tecla Enter.

Aperte o botão de play no painel Animation para verificar se em nenhum quadro restaram áreas “vazias”. Caso tenham restado, use a ferramenta Crop novamente.

4. Mantendo determinadas partes da animação “estáticas”.

Agora a parte que mais interessa! E a mais simples :P…

Selecione a camada que contém as áreas que você deseja que fiquem “estáticas”. Duplique a camada e a coloque acima de todas as outras. Em seguida selecione a ferramenta borracha, e escolha um Brush com bordas extremamente suaves.

Agora apague na camada duplicada toda a área que você deseja que se mova durante a animação.

Ta-dah! Se você tiver apagado certinho, quando executar a animação verá que as áreas não apagadas parecerão “estáticas”, como desejado.

5. Ajustes finais.

Aqui aplicamos algumas outras táticas, como remover frames muito parecidos com o inicial e o final e aumentar a duração destes (é só clicar duas vezes sobre o frame e as opções aparecerão).

6. Salvando a animação GIF.

Agora é só ir no menu File> Save for Web and Devices, selecionar o formato GIF na parte superior direita, e brincar com as outras configurações caso queira alterar a qualidade/tamanho do arquivo final. Ao terminar, clique em Save e selecione o local de destino.

Pronto, a mágica está feita, eis um cinemagraph :D! Vejam o resultado final (talvez seja necessário clicar para abrir o .gif em movimento):

Caso tenham alguma dúvida ou sugestão, podem mandar ver, estou aqui para isso :D!

Abraços!

Como Fazer “Cinemagraphs”

Ultimamente têm se falado em vários blogs sobre as impressionantes fotografias animadas de Jamie Beck, que começaram a ser postadas em seu perfil no tumblr.

Imagens .gif animadas não são novidade, nem mesmo as que usam esse conceito de “partes imóveis + partes em movimento”. A grande sacada de Beck foi usar o conceito artisticamente, e não humoristicamente, como é o comum.

Exemplo de GIF que já usava a idéia
Exemplo de GIF que já usava a idéia

Mas esse diferencial acabou despertando o interesse de outros artistas, especialmente amantes da fotografia, como minha amiga Fabiana, sobre como fazer essas tais fotografias animadas, que têm sido chamadas, por Jamie, de cinemagraphs (algo como “cinemagrafias”).

Antes de tudo, é preciso ter em mãos um programa que trabalhe com imagens .gif animadas. Há dezenas, como o Photoshop, o Fireworks e até alguns gratuitos. E hoje em dia praticamente todo programa de edição de imagem suporta editar animações nesse formato. Basta pesquisar “como fazer gif animado” junto com o nome do programa que você mais usa, e provavelmente aparecerão vários tutoriais.

Este tutorial será bem genérico nesse aspecto, não se focando no uso de um programa específico, podendo ser aplicado até em contextos diferentes de um imagem GIF animada…

1. Obtendo as imagens que serão usadas: No caso do uso “artístico” do conceito, objetivo deste post, filme a cena da qual deseja fazer o GIF mantendo a câmera e outros elementos da cena que desejar em uma posição o mais imóvel possível.

2. Transformando o vídeo em gif animado: Há várias formas de se fazer isso. Há programas e sites que fazem isso automática e gratuitamente, como o GIFSoup, mas nem sempre com a qualidade desejada. Uma das formas ideias para GIFs de alta resolução como os de Jamie Beck é a explicada neste link, usando o Photoshop.

3. Fazendo a animação se repetir “suavemente”: Essa parte pode ser mais ou menos complicada dependendo do caso. As principais dicas são:

– Compare o primeiro quadro (ou frame; é cada imagem que compõe a animação e é exibida por uma determinada quantidade de tempo) com o último, e delete este se não estiver satisfatoriamente parecido com o primeiro. Repita o processo até que encontre um quadro suficientemente parecido.

– Se a dica anterior não tiver resolvido o problema, um truque que pode servir em algumas ocasiões é fazer a animação “inversa” logo após a animação normal. Ou seja, ir copiando os quadros anteriores ao último e adicionando ao final da animação, até chegar no primeiro, gerando uma sensação de “vai-e-volta” que em alguns casos nem dá pra ser notada e torna a transição entre repetições completamente imperceptível.

– Se a transição entre uma repetição e outra ainda não estiver imperceptível o suficiente, tente diminuir o tempo de duração dos últimos quadros, para a transição ser mais rápida.

– Se nada funcionar, pode ser necessário realmente editar as imagens de alguns quadros das formas mais diversas, das mais simples às mais complexas…

4. Mantendo determinadas partes da animação “imóveis”: Escolha um quadro que contém as partes imóveis do jeito que deseja, copie a imagem dele e apague nela as áreas que irão se mover. Faça com que essa imagem se repita para todos os outros quadros, sobreposta às imagens originais deles. Isso vai “tapar” com uma imagem estática tudo o que você não quer que se mova. O jeito de fazer isso pode variar dependendo do programa utilizado.

Salve o .gif animado de acordo com as instruções para o seu programa, e voilá, você fez um cinemagraph =D.

Caso alguém tenha dúvidas na criação e edição de .gifs animados usando algum programa específico, é só perguntar nos comentário que eu farei o possível para ajudar =).

PS.: Escrevi um tutorial de como fazer usando o Photoshop! Veja aqui.

Esse Coelho é Uma Viagem

Caros, estarei em São Paulo entre 21 e 23 deste mês. O motivo, admirar a sagrada Bienal Internacional de Artes. Foi o que uns pedaços de livro de física e um relógio me fizeram obter no I Festival de Arte da UFPE.

Será uma experiência incrível. Este blog perderá visitantes aos montes de tão entediantemente numerosos e longos que serão meus posts sobre o que eu vir por lá.

Espero aprender bastante, o que, na verdade, é meu pensamento em qualquer ocasião… De quando esmago uma barata a quando observo uma obra-prima. Então, para que eu não pense apenas o de sempre, espero que eu observe mais obras primas do que esmague baratas, e observe mais baratas do que esmague obras-primas. Sabe-se lá, sou desastrado.

De qualquer forma, o que quero dizer é que parem de ver este blog por um tempo se não quiserem ler um monte de chatices sobre arte na próxima semana. Até mais.

Festival de Arte da UFPE

Fui selecionado para expor no Festival de Artes da UFPE! Inscrevi, e selecionaram, a série Beleza Interior, a obra Anatomia de um Coelho, e uma obra inédita chamada “Metamorfose?”, que na verdade é um “remake” de Retrato de Jan Svankmajer, só que comigo no lugar de Svankmajer, e um ambigrama no estilo de Negro/Branco (só que infinitamente mais legível) com as palavras Louco/Gênio (só fui perceber que é um pouco arrogante depois de ter feito, então deixa para lá xP). Devo postar essa obra aqui depois do fim do Festival, para não estragar a surpresa (embora nem seja uma surpresa tão grande, já descrevi a obra toda xD…). Ah, sim e é bem grande… Foi inclusive o motivo de eu fazê-la, afinal Retrato de Jan Svankmajer é bem pequena, pequena demais para sua qualidade =P…

Desta vez haverá premiação, que ainda não está muito bem definida, mas todas as possibilidades de prêmio que ouvi falar pareceram bem interessantes…

Graças a uma fenomenal falta de organização, a exposição dos selecionados na área de Artes Visuais está longe de terminar de ser montada, mas meus trabalhos, pelo menos, já estão por lá (faltam só etiquetas com os nomes das obras e tudo o mais, que me garantiram que seriam providenciadas em breve), podem conferir no Hall do Centro de Convenções da UFPE, até essa sexta, dia 21.

Quem não foi para minha exposição ano passado, esta é a hora de se redimir U.u… Hahahsahusa, que nada, fiquem à vontade para ir ou não… Este blog existe justamente para isso, para que eu não dependa de exposições para que conheçam meu trabalho… Mas claro que tem umas obras que são bem mais legais pessoalmente, como a do Coelho e as que mudam de aparência com os óculos azuis… De qualquer forma, estão todos convidados!  Tudo no festival é gratuito (exceto comida e bebida, provavelmente =P), haverá vários shows e oficinas, além de outras exposições de convidados. Nos vemos por lá!

Conflito Interno

Um colega meu de faculdade, Adailson, é guitarrista de uma banda chamada Sexto Elemento, e me pediu para fazer a capa para o novo CD deles, Conflito Interno... Abaixo está a ilustração antes dos efeitos todos, feita com meus bons e velhos lápis de cor. Meio colorida demais :P.

E esta foi minha proposta de layout (que talvez Adailson não aprove) para a parte da frente do CD:

Como não me sinto bem cobrando a amigos/colegas/parentes, pedi como pagamento apenas uma cópia do CD quando sair, e a possibilidade de algum dia, em breve ou não, se não fosse muito incômodo, ensaiar e gravar uma música com eles xP… Acho que não devo ter comentado aqui que não canto mal (não só na opinião da minha mãe xD). Como ele nem relutou em aceitar o acordo, então creio que não deve achar que sou tão ruim também :D…

P.S.: A versão final da capa já foi definida. Os efeitos todos foram aplicados por Adailson.

Frente:

Verso:

Fim da 1ª Exposição


Terminou Dual, a minha primeira exposição. 563 assinaturas no livro de visitas (some-se a uns 12 que não assinaram), um bom número se se considerar que a  Galeria ficou aberta durante apenas 13 dias.

Acho que posso dizer que foi um sucesso, as pessoas gostaram. Teria sido um sucesso ainda maior se não fossem os atrasos fatais em lidar com as questões de imprensa (tanto que no fim acabou não indo imprensa alguma), mas tudo bem.

Passou por lá gente legal e gente chata, gente jovem e gente velha, gente feia e gente bonita, gente rica e gente pobre, gente burra e gente inteligente, gente normal e gente doida… E tive o prazer de conhecer melhor algumas dessas gentes. Conversar com elas, aprender com elas sobre as minhas próprias obras, como até propus no texto de apresentação. Foi muito bom.

Lamento profundamente que as pessoas que eu mais gostaria que fossem não tenham ido, mas confesso que eram também as que eu menos esperava que fossem ter tempo para ir… Então estão todos perdoados :P.

Das portas que eu esperava que se abrissem, nenhuma se abriu, mas outras, que eu não esperava, foram abertas. Esta exposição certamente foi o começo… do resto da minha vida :D (palhaço ¬¬).

Dificilmente haverá outra exposição minha nos próximos 6 meses ou mais. Quem não foi para esta vai ter que esperar sentado agora :D (ó, que terrível =P).

Abraço, e obrigado aos que foram ou ao menos tiverem muita vontade de ir ;)