Saindo um pouco da mesmice de desenhos com letras formando rostos…
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Why So Serious?
Sei que ninguém aguenta mais ouvir, ver e falar sobre o coringa mais recente, o interpretado por Heath Ledger, mas essa idéia andava pela minha cabeça há algum tempo, e hoje resolvi começar a rabiscar pra ver se dava certo. Deu.
Legal, né =P? Meus primeiros e únicos contatos com esse tipo de…. ambigrama, acho que posso classificá-lo assim, foram numa campanha publicitária da Veja, sob o discutível slogan “Quem lê Veja entende os dois lados“, produzida pela agência AlmapBDDO.
Espero fazer mais ilustrações do tipo em breve :).
P.S.: Você agora pode comprar produtos com esta e outras artes nesse estilo feitas por mim nas minhas lojas no Colab55 e no Society6.
Anatomia de Um Coelho
Este “coelho” é um coelho como o de Alice no País das Maravilhas, apressado, egoísta, materialista, preocupado com o trabalho, com o tempo, representando o homem moderno… Há, contudo, algumas diferenças interessantes (que de certa forma enfatizam a imagem original do coelho de Alice), e é aí que os materiais falam…
P.S.: Esta obra venceu na categoria Pintura do I Festival de Arte da UFPE, em maio de 2010.
Desenhando-me
Um auto-retrato, literalmente :P. A idéia estava na minha cabeça desde a mesma época do Desenhando-te, mas só fiz agora.
Desenhando-te
Retrato de Jan Švankmajer
Já falei do artista plástico, animador e diretor tcheco Jan Švankmajer por aqui. Esta pintura de agora não precisava ser um retrato dele, já que o aspecto mais interessante dela (a mudança de aparência se vista com material translúcido azul) independe disso, mas resolvi homenageá-lo, além de que a “mensagem” desta obra acaba tendo um bocado a ver com a arte dele.
A verdade é que acabo também “homenageando” indiretamente vários amigos com esse desenho. Fabiana Peixoto, por ter me mostrado algumas imagens estereoscópicas há não muito tempo, o que certamente incubou na minha mente idéias como a dessa pintura. Clara Percílio, por ter me apresentado o trabalho de Jan Švankmajer e, principalmente, por ter me feito ter contato pela primeira vez com a máxima “A distância entre loucura e genialidade é medida apenas pelo sucesso”, que consiste mais ou menos na mensagem desta obra e, por fim, o meu grande amigo Arthur Soares, e seu blog A Insanidade, cujo nome acabei vendo enquanto pensava no que escrever no desenho (minha idéia inicial era escrever alguma coisa em tcheco, talvez Šílení mas a vista do blog me deu a idéia do insanidade/sanidade). Eis a obra:
Aqui eu tentei simular como a obra fica quando vista através de um material translúcido, como acetato, papel celofane, etc, azul. Dependendo do material, pode ser necessário ver através de duas camadas para se obter o efeito desejado.
P.S.: Há várias possíveis formas de exibir essa obra: mudando a cor da iluminação em um ambiente, fazendo uma “cortina” de celofane azul, até usar um óculos 3D convencional e fechar os olhos alternadamente é interessante. Na única exposição em que foi exibida até agora, foram usados óculos feitos com cartolina e papel celofane, projetados de modo a subentender que representam o “sucesso”.
Partida
Não há ilusão de óptica intencional nesta pintura, são só duas cabeças num tabuleiro de xadrez. De certa forma, contudo, acaba sendo uma ilusão de óptica, se tomarmos como seu conceito “enganar visualmente”, pois esta obra engana visualmente ao fazer o observador se sentir enganado sem que haja enganação alguma =P.
Rafael e Jaciele
A pedido do meu amigo Rafael, que às vezes faz mágicas com cartas pra mim quando a gente vai junto no ônibus :P.
O “love” embaixo não foi criação minha, eu já tinha visto em algum lugar.
Robotomii
Dr. Pajé
Baseado, principalmente, no pensamento do médico e escritor americano Robin Cook, de que os médicos são tão endeusados que acabam sendo os xamãs modernos, detentores do “misterioso” poder de cura (e também de emagrecimento, de rejuvenescimento, de embelezamento…), quando na verdade a medicina é uma ciência tão incerta e sujeita a falhas humanas como qualquer outra.
A obra também é uma referência ao uso de produtos da Amazônia para fazer medicamentos de laboratório, mostrando que a medicina dos pajés não é tão inferior à nossa quanto se pode pensar.